Finalmente, – eu acho – sei a cor dos teus olhos.
Finalmente, – eu acho – consegui te entender.
Finalmente, – eu acho – consegui entender.
Finalmente, – eu acho – consegui me contentar.
Contentar com o meu destino de sofrer e de você nunca me amar – eu acho.
Finalmente – eu acho – que percebi que nunca irei te odiar.
Finalmente – eu acho – que consegui desvendar.
Que você gosta de mim, só não consegue falar. Tenta esconder, tenta disfarçar pois tem medo do amor, tem medo de amar – eu acho.
Finalmente – eu acho – consegui. Consegui ganhar.
Uma amizade sua que com o tempo algo a mais vai virar – eu acho.
Finalmente – eu acho – consegui perceber que em cada ‘finalmente – eu acho –‘ tinha também um medo, medo de se entregar.
Como amar, com dois medrosos. Que morrem de medo do amor, que não consegue amar – eu acho.
Mas á apenas um mistério. Pois a incerteza é comprovada diante de cada ‘eu acho’, uma afirmação de uma incerteza. Ou talvez de uma certeza – eu acho.
– Porque não nos amar?
– Porque temos medo. Medo de se entregar. – eu acho.